Veículo: Jornal: Jornal do Commercio (Rio de Janeiro) - Seção: Economia - 28/09/2004
Os países industrializados mostram sua oposição à proposta brasileira de incluir as preocupações dos países em desenvolvimento na construção de um sistema internacional de patentes. Ontem, em Genebra, a Organização Mundial para a Propriedade Intelectual (Ompi) iniciou sua assembléia-geral e o País, ao lado de outras economias emergentes, apresentou sugestões para que uma nova abordagem seja feita em relação às patentes e à transferência de tecnologia.
A iniciativa brasileira, porém, começou a ser atacada logo no primeiro dia de reunião. Um grupo formado por Estados Unidos, Europa, Japão, Canadá e outros países ricos deixou claro que considera desnecessária a proposta do País e apontou que os interesses das economias em desenvolvimento já estão cobertos pela atual agenda de trabalho da Ompi. Segundo esses países, a Ompi já é "ativa e tem sucesso" ao tratar de questões relacionadas ao desenvolvimento.
Na avaliação do Brasil, seria necessário uma reforma do mandato da entidade para garantir que não apenas a proteção à patente fosse realizada, mas que os países em desenvolvimento também pudessem ter acesso às inovações e às pesquisas criadas nas economias ricas.